Agora Sudoeste

Mais de 80% das pessoas que sofrem de dor de cabeça se automedicam, diz pesquisa

Mais de 80% das pessoas que sofrem de dor de cabeça se automedicam, diz pesquisa
Foto: Wilker Porto | Brumado Agora

Pesquisa da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), divulgada terça-feira (16), revela que 81% dos entrevistados se automedicam para tratar dor de cabeça. Também é comum que as pessoas (50%) aceitem a indicação de remédios feita por não profissionais. O auxílio de médicos para tratar o sintoma é uma opção para 61% dos entrevistados. Foram respondidos, de forma espontânea, 2.318 questionários online, distribuídos pelas redes sociais. O estudo foi divulgado como parte das atividades do Dia Nacional de Combate à Cefaleia, que ocorre em 19 de maio. “O número de pacientes que estão tomando medicação sem orientação foi um dado que nos deixou alarmados”, afirmou o neurologista Marcelo Ciciarelli, membro da ABN e coordenador da pesquisa. Ele destacou que a automedicação pode, muitas vezes, aumentar a frequência da dor, bem como a intensidade. O aconselhável, segundo o médico, é procurar um profissional quando ocorrem mais de três crises por mês por mais de três meses. A pesquisa identifica que 87% dos entrevistados sofrem de enxaqueca. Ciciarelli explica que este é um tipo primário da cefaleia – nome científico para a dor de cabeça – quando ela é a própria doença, e não o sintoma de outra, como ocorre em uma gripe, por exemplo. Entre as características clínicas da enxaqueca estão: dor em apenas um lado e de forma latejante; com intensidade moderada a forte; com intolerância a barulho e a luz; e associada a enjoo. Cerca de metade dos entrevistados sofrem com doença de forma crônica, com ocorrência de dor por mais de 15 dias por mês.


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