Manter o presidente Renan Calheiros no cargo e considerá-lo inapto para a linha sucessória é a proposta que deve ser apresentada pelo decano da Corte do Supremo Tribunal Federal, ministro Celso de Mello, o segundo a falar na sessão, depois que o ministro Marco Aurélio defender a sua liminar. Em reuniões sucessivas que vararam até a madrugada, a maioria dos ministros do STF considerou, do ponto de vista técnico, "totalmente ilegal" a decisão de Marco Aurélio. No entanto, para preservar a Corte e o próprio ministro, sua liminar será atendida parcialmente. A solução encontrada pelo Supremo Tribunal Federal para resolver o impasse constitucional criado pela liminar é considerada inconstitucional pelos ministros do Supremo e a própria presidente, Cármen Lucia, que defendem que a decisão sobre a proposta que será encaminhada por Celso de Mello não é constitucional. Ressaltam que Renan Calheiros ainda é réu em mais 11 processos, oito dos quais pela Lava-Jato, e dificilmente escapará de uma punição severa da Justiça futuramente.